Preservação da fertilidade

As técnicas de reprodução assistida permitem, hoje, a preservação da fertilidade — preservação de óvulos e espermatozoides com vistas à manutenção do potencial reprodutivo para a concepção futura.  A BONVENA é referência em estratégias de preservação da fertilidade em Brasília, por isso alerta que tais intervenções não são capazes de garantir os filhos biológicos no futuro, mas de guardar uma chance para que eles aconteçam. 

As estratégias de preservação da fertilidade podem ser indicadas por motivos médicos – como câncer (oncológico), doenças autoimunes e endometriose –, ou por motivo social – o desejo de adiar o momento de procriar.

Preservação da fertilidade por motivo oncológico (oncofertilidade)

Em decorrência da ação da quimioterapia e da radioterapia, boa parte das pessoas com câncer terá a fertilidade comprometida, ora de forma passageira, ora de forma definitiva. Para atender às necessidades dessas pessoas, a oncofertilidade aproxima a medicina reprodutiva da oncologia ao oferecer a chance da procriação futura, quando estiverem livres da doença. 

No caso das mulheres, o congelamento dos óvulos antes do tratamento de câncer é a técnica de escolha; no caso dos homens, a estratégia é o congelamento do esperma. É preciso, contudo, que as possibilidades sejam avaliadas conjuntamente por membros das equipes oncológica e reprodutiva; dessa avaliação virão as informações adequadas e o devido consentimento esclarecido para se prosseguir com a estratégia de preservação ou não.

Preservação da fertilidade por motivo social

A decisão de adiar o momento de ter filhos basta como razão para que as pessoas, no auge de suas carreiras profissionais, ou sem uma estrutura familiar consolidada, recorram à reprodução assistida com a intenção de preservar a fertilidade.

Outros motivos de saúde

Embora os dados científicos e as normas para preservação de fertilidade por outros motivos de saúde ainda não estejam bem estabelecidas, é importante dizer que a intervenção não está restrita às pessoas com câncer. Em casos especiais, ela também pode ser indicada diante de: 

(1) situações cujos tratamentos possam agredir irreversivelmente as gônadas, como as doenças autoimunes;
(2) doenças de caráter progressivo, que podem reduzir o potencial reprodutivo com o passar dos anos, como a endometriose;
(3) para as pessoas transgêneros, antes de iniciarem tratamentos hormonais ou passarem por intervenções cirúrgicas em seus órgãos reprodutivos.

Bloqueio hormonal

Com o desenvolvimento de outras estratégias, como o congelamento de óvulos e embriões, e, num futuro breve, de tecido ovariano, o bloqueio hormonal é considerado uma opção secundária ou complementar na preservação da fertilidade feminina.

Congelamento de óvulos

Congelamento de óvulos

Congelamento de óvulos por motivo social

O congelamento de óvulos é um procedimento cotidiano em clínicas de reprodução assistida e a decisão de adiar a maternidade – chamada de motivo social – basta-se como razão para que mulheres, no auge de suas carreiras profissionais ou sem parceiros estáveis, recorram ao procedimento com a intenção de preservar a fertilidade.

A técnica de preservação da fertilidade, oferecida pela BONVENA em Brasília, dá à mulher chances maiores para a maternidade biológica no futuro, ao driblar o envelhecimento natural dos ovários, e, felizmente, já se pode dizer com segurança que a chance de gravidez por fertilização in vitro de óvulos congelados é praticamente a mesma observada com óvulos frescos.

Não há um limite de idade bem definido para o congelamento dos óvulos por motivo social, mas a prática clínica sugere que o ideal seria realizá-lo entre 25 e 35 anos, e não depois de 42-44 anos. Antes dos 25 anos de idade, em razão do grande potencial reprodutivo, seriam pequenos os benefícios de se proceder ao congelamento; do outro lado, a partir dos 35 anos já pode haver interferência negativa da idade sobre a qualidade dos óvulos.

Congelamento de óvulos por motivo oncológico (oncofertilidade)

A oncofertilidade é um campo de ação multidisciplinar, que trabalha para a elaboração de estratégias de preservação da fertilidade de pessoas com câncer, oferecendo-lhes perspectivas de procriação futura, quando livres da doença. Para mulheres e homens, o congelamento dos óvulos e espermatozoides antes do início da quimioterapia e/ou da radioterapia é a modalidade de escolha.

Infelizmente, a preservação da fertilidade não é possível para todos, seja por causa da necessidade de início imediato do tratamento, seja por particularidades outras, inerentes à doença ou às condições de saúde da pessoa. Por isso, é muito importante que exista interação entre as equipes oncológica e reprodutiva, assim como apoio dos outros tantos profissionais envolvidos com o programa de oncofertilidade. Dessa avaliação virão as informações adequadas e o devido consentimento esclarecido para se prosseguir com a estratégia de preservação ou não.

Com objetivo de disseminar conhecimentos sobre o tema, educar profissionais de saúde com fomento à interdisciplinaridade e desenvolver estratégias integradas para preservação da fertilidade em Brasília acessíveis às pessoas em qualquer faixa etária, fundou-se em 2013 a Oncofertility Consortium Global Partners Network, uma rede com mais de cento e sessenta centros colaboradores, distribuídos em trinta e seis países, com sede na Northwestern University, em Chicago, Estados Unidos da América. A BONVENA sente-se honrada em compor essa rede!

Congelamento de óvulos por outros motivos de saúde

Embora os dados científicos e as normas para preservação de fertilidade por outros motivos de saúde ainda não estejam bem estabelecidas, é importante dizer que a intervenção não está restrita às pessoas com câncer; em casos especiais, também pode ser indicada diante de:

(1) situações cujos tratamentos possam agredir irreversivelmente os ovários, como as doenças autoimunes;
(2) doenças de caráter progressivo, que pode reduzir o potencial reprodutivo com o passar dos anos, como a endometriose;
(3) para as pessoas transgêneros, antes de iniciarem tratamentos hormonais ou passarem por intervenções cirúrgicas em seus órgãos reprodutivos.

Congelamento de sêmen

Como ocorre com as mulheres, os homens podem ter seu sêmen (esperma) congelado, com vistas à procriação futura. A técnica é segura e utilizada amplamente em todo o mundo; está indicada para os candidatos a tratamento de doenças malignas ou auto-imunes, bem como para os que serão submetidos a vasectomia, retirada cirúrgica dos testículos, cirurgias da próstata, entre outras circunstâncias.

A preservação do sêmen por motivo social, para conservar espermatozoides jovens com vistas a procriar no futuro, também ganha corpo na atualidade. O sêmen é usualmente coletado por masturbação e, depois de analisado, é congelado preferencialmente em mais de uma amostra, por tempo indeterminado, até o momento adequado para a procriação.

Congelamento de tecido ovariano

Há situações especiais, como o câncer na infância, em que o congelamento de óvulos pode ser inviável, pela necessidade de estimulação ovariana ou qualquer outra limitação.
Com vários nascimentos documentados, inclusive em gestações espontâneas, os resultados são bem próximos aos do congelamento de óvulos e embriões. Dessa forma, prevê-se que essa estratégia deixe de ser experimental e passe a integrar, em breve, o conjunto de opções rotineiras em serviços de reprodução assistida.