O coito programado é um tratamento de baixa complexidade, que pretende auxiliar o casal a prever em qual momento a mulher terá maiores chances de engravidar, em um ciclo com mínima estimulação dos ovários. A essa estimulação dá-se o nome de indução da ovulação e ela é realizada por meio de medicamentos, com acompanhamento ultrassonográfico.

A indução da ovulação é feita, normalmente, com medicamentos de administração oral (comprimidos) e tem início no segundo ou no terceiro dia do fluxo menstrual. Ao longo da indução serão observados os desenvolvimentos do(s) folículo(s) ovariano(s) — o  desejável é até três folículos — e do endométrio. Quando o momento ideal é identificado, pode ser recomendado o uso de um medicamento injetável para a promoção da maturação final do(s) óvulo(s) e a ovulação propriamente dita.

Após a ovulação, o óvulo (ou os óvulos) liberado é sugado pela trompa e, no interior dela, acontecerá a fertilização pelo espermatozoide, em uma relação sexual.

Essa modalidade de tratamento está bem indicada em casos de ausência de ovulação (anovulação crônica), como o que ocorre na síndrome dos ovários policísticos. As chances de gravidez por coito programado variam entre 10% e 30%, a depender, por exemplo, da existência de outras causas de infertilidade associadas e da idade da mulher, entre outros fatores.