Inseminação artificial

A inseminação artificial (tecnicamente chamada inseminação intrauterina – IIU) pode ser realizada em ciclos espontâneos ou sob estimulação ovariana e nada mais é que a injeção dos espermatozoides capacitados na cavidade uterina, por meio de um cateter específico.

O sêmen utilizado para IIU deve passar por um processamento em laboratório, para a separação dos espermatozoides móveis rápidos e progressivos, daqueles lentos e imóveis. Com isso, espera-se que os espermatozoides selecionados encontrem um ou mais óvulos nas tubas uterinas, como ocorre na natureza.

O sucesso dessa técnica, considerada de baixa complexidade, depende da existência de concentração mínima satisfatória de espermatozoides no sêmen e da permeabilidade de pelo menos uma das tubas uterinas. Dessa forma, a técnica é bem indicada para os casos de infertilidade sem causa aparente, por fator masculino leve, quando existem problemas de ovulação e tratamentos mais simples não resultaram em gravidez. Com respaldo das normas éticas vigentes, a IIU aplica-se também a outras situações, com destaque para a maternidade independente e as uniões homoafetivas femininas, quando se recorre ao sêmen de um doador anônimo.

De forma sucinta, podemos dizer que a IIU compõe-se das seguintes etapas: 

  • Estimulação ovariana;
  • Preparo seminal;
  • IIU propriamente dita.

De acordo com os registros latino-americanos, as taxas de nascimento em gestações obtidas por IIU variam de 13,5% a 23,5%, com chances maiores de bebê em casa para mulheres abaixo dos 35 anos de idade e tratamentos realizados com sêmen de doador. As chances cumulativas de gravidez, entretanto, podem chegar a 39% e 58%, após três e seis ciclos de tratamento, respectivamente.