Ultrassonografia transvaginal 3D/4D

A ultrassonografia transvaginal (ou endovaginal) é um exame diagnóstico não invasivo utilizado para a avaliação dos órgãos pélvicos: canal vaginal, reto, parte do sigmoide, útero  (incluindo o colo), ovários e bexiga. Serve também para avaliar gravidez do primeiro trimestre. O exame emite ondas sonoras ao invés de radiação para gerar imagens em movimento, sendo assim, é um método seguro para avaliar a gravidez inicial.

Por ser realizado pela via endovaginal, este exame proporciona imagens das estruturas pélvicas com maior definição quando comparado ao exame realizado pela via abdominal. A paciente permanece deitada em uma maca em posição ginecológica, o transdutor é introduzido dentro do canal vaginal — o transdutor estará encapado por preservativo contendo gel.

O preparo para realização do exame é simples. A ultrassonografia transvaginal geralmente é realizada com a bexiga vazia ou parcialmente repleta. A paciente não estará com nenhuma vestimenta, utilizando somente um avental. Não há contraindicações e pode ser realizado durante o período menstrual (caso a paciente esteja menstruando e utilizando um tampão vaginal, o médico deverá solicitar a retirada do tampão).

O exame não é doloroso, apesar de algumas mulheres sentirem um pouco de desconforto devido à pressão causada pelo transdutor dentro do canal vaginal. Contudo, apenas uma pequena porção do transdutor é colocada dentro da vagina.

Indicações

A ultrassonografia endovaginal é utilizada como método diagnóstico das seguintes alterações:

  • Achados anormais no exame físico, tais como cistos ovarianos, leiomiomas uterinos, pólipos uterinos e outros tumores pélvicos;
  • Sangramento uterino anormal ou problemas menstruais;
  • Gravidez do primeiro trimestre;
  • Gestação ectópica;
  • Investigação da infertilidade, fazendo diagnóstico de malformações uterinas, como útero bicorno ou septado — A Bonvena conta com equipamento moderno que realiza cortes em 3D/4D e permite visualizar o contorno externo do útero. Além disso, é possível realizar a monitorização da ovulação, em ciclos naturais ou estimulados, para orientar o dia da relação sexual ou inseminação e, no acompanhamento dos ciclos de fertilização in vitro (FIV/ICSI), verificar sinais de hiperestímulo ovariano. Também é utilizado na contagem de folículos antrais, exame que é realizado entre o segundo ao quinto dia do ciclo, para avaliar a reserva ovariana;
  • Dor pélvica crônica ou endometriose — Exame que necessita de mais tempo quando comparado com o ultrasom transvaginal de rotina, é considerado o exame de primeira linha para mapeamento pélvico para pesquisa de endometriose profunda, pois permite ver nódulos retrouterinos, intestinais, endometriomas ovarianos, na topografia dos ligamentos úterosacros, auxiliando o médico para tomar medidas antes da abordagem cirúrgica.

A ultra-sonografia ginecológica 3D/4D, atualmente, é um método diagnóstico indispensável na avaliação das malformações uterinas: útero arqueado, útero septado, útero bicorno e útero didelfo, permitindo diagnósticos precisos. Os cortes coronais mostram a duplicidade dos endométrios, a extensão do septo e o contorno externo do útero, possibilitando visualizar se há ou não depressão, auxiliando assim a classificação, fornecendo informações que auxiliam a conduta terapêutica e o prognóstico reprodutivo (abortamentos de repetição geralmente estão associados a malformações uterinas). O útero septado tem indicação para correção cirúrgica por histeroscopia (septoplastia), tornando-se cavidade única, diminuindo assim os abortamentos.

Útero septado

O termo arqueado refere-se aos casos em que existe mínima alteração da cavidade uterina, conferindo ao fundo uterino uma curvatura levemente côncava. A cavidade endometrial pode apresentar um septo mínimo, residual, na região fúndica. Atualmente, é considerado como uma variante da normalidade e não há necessidade de correção.

Útero arqueado

Independentemente do tipo de malformação uterina, a melhor época para avaliação ultra-sonográfica, quer pela abordagem 2D, quer pela 3D, é a segunda fase do ciclo menstrual, momento em que a visualização do endométrio é superior e, portanto, há melhor definição da cavidade uterina.

Útero bicorno

Na suspeita de malformação uterina pela ecografia 2D há necessidade de aplicar a técnica 3D, para melhor esclarecimento da anomalia uterina e aconselhamento específico da paciente.